A raça humana se pergunta com frequência de onde veio o primeiro homem, o primeiro ser humano. As pessoas objetivas acham isto um pouco sem objetivo, pois já somos 6 bilhões de humanos, e pela terra já devem ter passado uns 9 bilhões ou mais.
Sendo estritamente lógicos, é certo que houve um primeiro homem, assim como houve um primeiro carro, um primeiro rádio, um primeiro avião, etc. Isto é fácil de se compreender no mundo visível. Em termos da ciência ortodoxa, sempre existe um PROTÓTIPO. Este é a primeira tentativa de consolidar uma ideia em algo material.
A lógica não deveria se arriscar no campo do divino, mas vamos tocar no tema da CRENÇA, para ver se existe uma lógica, uma coerência no raciocínio de quem crê e, com isto, melhorar a nossa visão de lógica no sentido daquilo que tem uma sequência de raciocínio.
A questão é:
"Como se convenceu o primeiro Crente a crer em Deus, já que este é conhecidamente invisível ?"
Estamos lidando realmente com o DESCONHECIDO, frequente na ciência, antes de sua prova prática, algo que é profundamente humano, motivador de medo e de antagonismos entre grupos.
Para vir à tona, como algo compreensível, o Desconhecido deve-se fazer conhecer. Mas como ?
Para estes crentes, o Desconhecido deus não vem à tona, seja por materialização, seja por constatação por instrumentos, seja por uma incógnita em uma equação, seja por uma prova experimental.
O Desconhecido provoca medo. Deveria provocar em nós, geração científica, um impulso de investigação. Dizem que a reação de medo diante do desconhecido é uma expressão suportável do Medo da Morte.
O Divino
Mas, no caso do divino ocorre uma contradição do senso comum em relação a este convencimento cujas razões estamos procurando:
"As pessoas correm para Deus por causa do medo da morte."
É o medo algo tão visível ou físico para fazer com que um ser humano, ao invés de fugir deste deus desconhecido, o procure com fervor ? É o medo algo tão forte que possa convencer uma pessoa de que algo invisível existe ?
O medo provoca a fuga, verdade aprendida do Reino Animal. Com medo o filhote procura a mãe. Só que a mãe do animal, a fêmea, é visível, CONHECIDA, previsível, feroz e protetora.
Vejam, não definimos o Divino, pois estamos num blog de lógica. E também não cometeríamos o erro de definir o Divino, pois teríamos de comentar os infinitos atributos que o Divino reinvindica para si.
O medo
Se eu tenho Medo, é porque acredito nele, COMO UMA SITUAÇÃO QUE AINDA NEM COMECEI A VIVENCIAR, e da qual possa sair até com facilidade. Medo é apenas um sentimento. É mesmo ? Se medo e felicidade são apenas objetos da esfera dos sentimentos, então porque são logicamente tão fortes a ponto de provocarem modificações em nós que os outros facilmente percebem ?
O medo e a felicidade acionam músculos de todo o nosso corpo, numa expressão que os torna claros para quem está nos observando. Portanto, são mais que sentimento, eles são expressões vívidas de sentimentos, ou melhor, expressões humanas.
O invisível
Chegamos ao nosso objetivo, após falar de Desconhecido, de Sentimentos e de Medo, mais objetivamente.
Como se convence alguém a crer no invisível, levando em conta uma sociedade que está entusiasmada com demonstrações multimídia e efeitos especiais ? Vamos dar o exemplo do Magnetismo. Um pesquisador aproxima um imã de um pedaço de metal, e observa que o primeiro atrai o segundo. Após muito formalismo teórico e matemático, os cientistas aceitaram esta verdade, bem como a existência de um "Campo Magnético". E então o princípio foi aplicado para o desenvolvimento da transmissão através de ondas no espaço.
A partir do magnetismo, os cientistas ficaram mais propensos a cogitar a existência de outros tipos de campos, como o elétrico, o gravitacional, etc. Aquele que foi mais longe foi Peter Higgs em 1964, pois propôs a existência de um tipo de campo que permeia todo o Universo e que provoca a sensação de massa. Imaginava-se, até Higgs, que a massa era algo intrínseco ao próprio corpo.
E existem cientistas que estão abertos a possibilidade da existência de Deus, mas provavelmente como um campo de força ou algo detectável de alguma forma.
Fé e Crença
No caso das possibilidades científicas baseadas na semelhança com princípios científicos, temos a crença. Esta se caracteriza por aceitar pequenas modificações em relação à nossa ideia inicial quando cogitamos a existência de alguma coisa pela primeira vez.
Já a Fé se caracteriza pela cogitação da existência de algo Divino. Mas em que o Divino ultrapassa as possibilidades de se estender os Princípios Científicos ? Ele ultrapassa no sentido das histórias pessoais, notadamente as registradas nas escrituras dos Judeus e Cristãos (que são uma só: a Bíblia).
Vamos falar destas ...
Escrituras
Existe um fato ainda mais grave sobre o ser divino, que se revela no fato de que escreveram um livro extenso sobre a sua existência, dando pistas para sua constatação. Só que estas pistas são de natureza espiritual, e não capazes de serem levadas a um laboratório. O que impressiona é a obra ser tão volumosa, com personagens ligados entre si, que ultrapassou nos séculos, e com todos os valores morais e as mazelas do ser humano encontradas até hoje, como inveja, roubo, assassinato, virtude, bondade, etc. Mas este artigo não se dedica a este campo, e não vamos nos aprofundar.
Vamos agora ao fator das consequências. Quem tem espírito científico precisa levar em conta os efeitos. Estas escrituras tem milhares de anos, e conseguem produzir efeitos sobre o homem até hoje, notadamente o de FAZER OS HOMENS CREREM NUM DEUS INVISÍVEL.
Sugestão mental
Realmente, o ser humano deve ser muito sugestionável em um mesmo ponto da mente, onde este tipo de informação é interpretada. Ou então, esta entidade realmente existe, à semelhança do Campo gravitacional, do Campo de Higgs ou do Campo Magnético.
Este próprio artigo que estamos escrevendo é uma prova, e sabem por quê ? Porque é preciso ter muita percepção para se questionar uma coisa que ainda não foi fisicamente provada. E, quando alguém com espírito investigativo e pesquisador diz crer em Deus, chegamos ao seguinte paradoxo:
É PRECISO SER MUITO INTELIGENTE PARA SER ENGANADO
Portanto, se o homem quer ser enganado pela crença em algo muito superior a si mesmo, ele precisa de muita inteligência, pois o "tosco de raciocínio" não aceita nada que suas mãos possam apalpar, ou que seus olhos possam ver.
Já notaram como o golpista, o vigarista, precisa contar uma história longa e coerente para enganar sua vítima ? Mas esta vítima precisa avaliar as partes desta mentira e ver se elas se encaixam. Se a vítima fosse burra, não seria preciso inventar uma história tão bem feita.
Desta forma, concluímos que QUEM CAI NOS GOLPES TEM UMA INTELIGÊNCIA RAZOÁVEL. É como se desse uma satisfação à sua própria mente, dizendo "eu tenho que acreditar, pois é uma história lógica". Não é uma contradição ?
Assim, com base na argumentação, teríamos que ver em quem crê em um deus invisível precisa ter inteligência, como um cientista, um dia, também acreditou. Peter Higgs se encaixa nesta comparação, pois esperou de 1964 até 2012 para que sua hipótese fosse comprovada, sendo, provavelmente, chamado de tolo pelos seus companheiros.
Quem cria é maior que a sua criação
É preciso esclarecer uma diferença entre o que o cientista faz e alguém que cria. Nem Tesla e nem Maxwell criaram os campos magnéticos. Einstein não criou a Relatividade. Peter Higgs não criou um campo de massa. Eles apenas previram e criaram equações que descrevem os parâmetros envolvidos nestes fenômenos.
E quem criou Deus ? O homem ? Vemos este absurdo em comentários pela Internet. Pelo Princípio de Criador e Obra Criada, ou de Causa e Efeito, nunca o Efeito é maior que a Causa, alias até pelo Princípio da Entropia, cientificamente descrito, provado, e sem o qual as resistências dos aparelhos não produziriam calor.
O homem, limitado em visão, audição e raciocínio, não poderia criar Deus. Para chegarmos às partículas subatômicas, levamos milhares de anos, e ainda nem sabemos exatamente como elas funcionam. E elas pertencem ao mundo material. O que poderíamos dizer do mundo espiritual, então ? Teríamos que explicar amor, fé, solidariedade, e em termos de equações. Explicar "de boca", baseado em nossos comportamentos, é fácil. Mas, e em termos de equações, você seria capaz ?
O homem não pode inferir espiritualidade, sem que, de alguma forma, tenha sido colocado em contato com ela. Se o homem falou de Deus em alguma manifestação literária, é porque houve alguma forma de constatação. Foi por uma criação da mente ? Então houve causa, alguma constatação, senão teríamos que admitir um Efeito Sem Causa.
Leiam sobre os Princípios da Lógica.
quarta-feira, 1 de julho de 2015
sexta-feira, 12 de junho de 2015
Princípios Básicos do Raciocínio Lógico
Existem alguns Princípios Básicos que norteiam todo o Raciocínio Lógico:
PRINCÍPIO DA IMUTABILIDADE
"Se um algo não sofrer ações externas, permanecerá no mesmo estado em que se encontra desde a sua constatação"
PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE
O princípio da causalidade diz que:
"Não existe efeito sem causa"
O Princípio da Causalidade é a expressão percebida sobre o Princípio da Imutabilidade.
PRINCÍPIO DA TEMPORALIDADE
O princípio da temporalidade diz que:
"Se algo está em uma situação hoje, nada podemos dizer em relação à sua situação no passado ou no futuro"
PRINCÍPIO DA LIMITAÇÃO TEMPORAL
Com base no Princípio da Temporalidade, ao arriscarmos nossos palpites, podemos enunciar este limite da seguinte forma:
"A tendência de manifestação de um fenômeno no presente, ou em um determinado intervalo de tempo próximo do presente, não nos permite fazer previsões nem muito à frente no futuro, nem muito atrás para o passado, desta manifestação em particular"
Em matemática isto é realizado através das operações de extrapolação. Um exemplo, neste âmbito, seria o de projetar o crescimento de uma população humana, com base em 20 anos, para 200 anos. Podemos, no máximo, fazer previsões para fora do intervalo de um número de anos inferior ao número de anos das medidas já tomadas.
PRINCÍPIO DA LOCALIDADE
Este princípio é uma derivação direta do princípio da temporalidade:
"Se algo está em um determinado lugar hoje, nada podemos dizer de sua localização no passado ou no futuro"
PRINCÍPIO DO DESGASTE
O Princípio do Desgaste diz que:
"Tudo tende a sofrer modificações na forma, textura, dureza ou função, dos quatro, um ou mais"
OPERAÇÃO DE COMPARAÇÃO
A Comparação é uma operação que identifica fatos ou entidades semelhantes que tenham um ou mais Princípios em comum.
PRINCÍPIO DA IMUTABILIDADE
"Se um algo não sofrer ações externas, permanecerá no mesmo estado em que se encontra desde a sua constatação"
PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE
O princípio da causalidade diz que:
"Não existe efeito sem causa"
O Princípio da Causalidade é a expressão percebida sobre o Princípio da Imutabilidade.
PRINCÍPIO DA TEMPORALIDADE
O princípio da temporalidade diz que:
"Se algo está em uma situação hoje, nada podemos dizer em relação à sua situação no passado ou no futuro"
PRINCÍPIO DA LIMITAÇÃO TEMPORAL
Com base no Princípio da Temporalidade, ao arriscarmos nossos palpites, podemos enunciar este limite da seguinte forma:
"A tendência de manifestação de um fenômeno no presente, ou em um determinado intervalo de tempo próximo do presente, não nos permite fazer previsões nem muito à frente no futuro, nem muito atrás para o passado, desta manifestação em particular"
Em matemática isto é realizado através das operações de extrapolação. Um exemplo, neste âmbito, seria o de projetar o crescimento de uma população humana, com base em 20 anos, para 200 anos. Podemos, no máximo, fazer previsões para fora do intervalo de um número de anos inferior ao número de anos das medidas já tomadas.
PRINCÍPIO DA LOCALIDADE
Este princípio é uma derivação direta do princípio da temporalidade:
"Se algo está em um determinado lugar hoje, nada podemos dizer de sua localização no passado ou no futuro"
PRINCÍPIO DO DESGASTE
O Princípio do Desgaste diz que:
"Tudo tende a sofrer modificações na forma, textura, dureza ou função, dos quatro, um ou mais"
OPERAÇÃO DE COMPARAÇÃO
A Comparação é uma operação que identifica fatos ou entidades semelhantes que tenham um ou mais Princípios em comum.
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